A Todos os químicos e aspirantes

A Todos os químicos e aspirantes
O Centro Acadêmico de Química (CAQUI), é o órgão que congrega os estudantes regularmente matriculados no curso de Química da UESC - Universidade Estadual de Santa Cruz. É uma entidade representativa sem fins lucrativos, livre e apartidária, de caráter social, político e cultural com sede na referida instituição.

29 de set. de 2011

Assembléia geral dos estudantes de quimica

 Com o intuito de realizar uma discussão algumas pautas sobre o nosso, lançamos o desafio de que você participe conosco da luta por melhores condições.
  O Centro acadêmico já possui propostas a serem discutidas, mas nossa intenção é ouvir as maiores dificuldades relatadas pelo corpo discente de quimica da Uesc.
   Desde já agradecemos sua colaboração. Deixem aqui suas revindicações.
   Assim que definirmos uma boa quantidade de pautas, marcaremos ainda no primeiro mês de aula do segundo semestre de 2011 nossa assembléia.
   Att, Centro Acadêmico de Química.

II SIMQUIM (UESC)

 
Obs: Inscrições no site-  http://www.semeia2010.com.br/


Devido os bancos estarem em período de greve o pagamento do evento poderá ser realizado no biodisel ( UESC).

18 de abr. de 2011

Oportunidade de Iniciação Científica

URGENTE  !!!

Pessoal, o Prof. Dr. Fábio Alan Carqueija Amorim, esta a procura de interessados em bolsa de iniciação com projeto voltado para a áres de Química Analítica e Ambiental, a bolsa será com remuneraçã ou  voluntária. Para maiores informações entrem em contato com o professor pelo email:  facamorim@gmail.com

20 de mar. de 2011

Química: É tudo sobre você!

Galera, passeando pelos sites de redes sociais, encontrei esse video que já esta fazendo bastante sucesso, o mesm  foi lançado em comemoração ao Ano Internacioal da Química. Particularmente, achei o vídeo muito bom e refuta nossa importante participação enquanto profissionais da área, mostrando incluse a nossa  importância como professores e educadores, vale a pena conferir !

4 de mar. de 2011

“Einstein não seria pesquisador A1 do CNPq”

Recebi  por email de um colega uma entrevista interessante, leiam, se informem, e defendam o seu ponto de vista acerca do assunto.


10 de janeiro de 2011 às 17:32

Nicolelis: “Einstein não seria pesquisador A1 do CNPq”

Integração entre cérebro e máquinas vai influenciar evolução
Para Nicolelis, corpo não vai mais limitar ação da mente sobre o mundo. Pesquisador também comenta os desafios impostos à ciência no País pela burocracia e desorganização

Alexandre Gonçalves, de O Estado de S. Paulo, via Plano Brasil

Miguel Nicolelis é um dos pesquisadores brasileiros de maior prestígio. Pioneiro nos estudos sobre interface cérebro-máquina, suas descobertas aparecem na lista das dez tecnologias que devem mudar o mundo, divulgada em 2001 pelo Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT, na sigla em inglês). Em 2009, tornou-se o primeiro brasileiro a merecer uma capa da Science. Na quarta-feira, foi nomeado membro da Pontifícia Academia de Ciências, no Vaticano. Ao Estado, Nicolelis falou sobre o impacto da neurociência no futuro da humanidade. Criticou de forma contundente a gestão científica no País, especialmente em São Paulo. Também questionou os critérios – marcadamente políticos – que teriam norteado a escolha do ministro da Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante.

Para onde a neurociência deve nos levar nos próximos anos?

No curto prazo, penso que as principais aplicações serão na medicina com novos métodos de reabilitação neurológica, para tratar condições como paralisia. No médio, chegarão as aplicações computacionais. Nossa relação com as máquinas será completamente diferente: não usaremos mais teclados, monitores, mouse… o computador convencional deixará de existir. Vamos submergir em sistemas virtuais e nos comunicaremos diretamente com eles.
No longo prazo, o corpo deixará de ser o fator limitante da nossa ação no mundo. Nossa mente poderá atuar com máquinas que estão à distância e operar dispositivos de proporções nanométricas ou gigantescas: de uma nave espacial a uma ferramenta que penetra no espaço entre duas células para corrigir um defeito. E, no longuíssimo prazo, a evolução humana vai se acelerar. Nosso cérebro roubará um pouco o controle que os genes têm hoje. Daqui a três meses, publicarei um livro em que comento estes temas.

O que você chama de curto, médio, longo e longuíssimo prazo?

Curto prazo são os próximos anos. Médio prazo, nas próximas duas décadas. Longo prazo, no próximo século. Longuíssimo prazo, alguns milhares de anos.

Como andam suas linhas de pesquisa na medicina?

Estamos avançando rapidamente no exoesqueleto (um dispositivo que dá sustentação ao corpo de uma pessoa paralisada e é capaz de mover-se obedecendo ao controle da mente). Está sendo desenvolvido na Alemanha. Para o treinamento dos pacientes, construímos salas virtuais onde pessoas paralisadas terão sua atividade cerebral registrada de forma não-invasiva por magneto-encefalógrafos. Vamos ver se elas aprendem a controlar com o pensamento os movimentos de um corpo virtual – um avatar que simula o exoesqueleto. Com uma pessoa tetraplégica será mais fácil, pois é justificável o uso de métodos invasivos como implantar os eletrodos dois milímetros e meio dentro do cérebro. As descobertas vitais já foram feitas. Nosso drama agora é engenharia e conseguir recursos para pagar um projeto que é o equivalente, na neurociência, a uma viagem à Lua.
Outra linha de pesquisa importante em medicina é Parkinson. No ano passado, publicamos um trabalho na Science. Estimulamos com eletricidade a medula espinhal de ratos com Parkinson e conseguimos reverter o congelamento motor característico da doença. Há um milhão de fibras na medula espinhal que sobem para o cérebro. Mandamos uma descarga de alta frequência que chega aos centros motores profundos do cérebro e faz com que eles saiam da sincronia absoluta característica da doença, pois estão todos disparando impulsos nervosos ao mesmo tempo, de um modo semelhante ao que ocorre em uma crise epiléptica. O sinal elétrico tem um efeito caótico que quebra a crise.
    Também temos resultados preliminares em macacos obtidos aqui em Natal. Infelizmente, o Hospital Sírio-Libanês não quer continuar a parceria com nosso instituto. Por isso, procuramos outro hospital de grande porte, público ou privado, onde possamos realizar os testes clínicos, talvez já no próximo ano. Gostaria muito de marcar que a tradução dessa pesquisa para a prática clínica aconteceu aqui no Brasil, pois acredito que a Medicina brasileira é a melhor do mundo. Estou propondo uma nova teoria que vai provavelmente acabar com minha carreira (risos). Acredito que não há distinção entre doenças neurológicas e psiquiátricas: todas elas são doenças temporais, relacionadas ao tempo dos neurônios, ou seja, variantes epilépticas. A única doença do cérebro que existe realmente seria uma epilepsia. Já publicamos três trabalhos este ano com modelos de doenças ditas psiquiátricas e, em todas, encontramos uma assinatura temporal que permite classificá-las como distúrbios do tempo, epilépticos. A ideia surgiu quando vi os registros eletrofisiológicos de ratos com Parkinson e eles lembraram muito os registros de uma crise epiléptica central que conheci quando era estudante.

No médio prazo, ainda precisaremos dos nossos sentidos para dialogar com sistemas computacionais?

Em breve, vamos publicar um trabalho descrevendo o envio do sinal de uma máquina diretamente ao tecido neural de um animal, sem mediação dos sentidos: na prática, criamos um sexto sentido. Vai ser uma novidade explosiva, mas não posso dar mais detalhes, pois o artigo ainda não foi publicado. A internet como conhecemos vai desaparecer. Teremos uma verdadeira rede cerebral. A comunicação não será mediada pela linguagem, que deixará de ser o principal canal de comunicação. Para entender isso, basta pensar que toda linguagem é um comportamento motor – como mexer o braço. Esse comportamento motor também poderá ser decodificado e transmitido. Grandes empresas – como Google, Intel, Microsoft – já tem suas divisões de interface cérebro-máquina.

Quais as implicações antropológicas e sociológicas no longo prazo?

Talvez o primeiro impacto será descobrir que somos todos muito parecidos: as pretensas diferenças entre grupos de seres humanos vão se reduzir pois todos perceberão que somos iguais. Costumo dizer que será a verdadeira libertação da mente do corpo, porque será ela quem determinará nosso alcance e potencial de ação na natureza. O corpo permanecerá para manter a mente viva, mas não precisará atuar fisicamente. Nossa mente cria as ferramentas e as absorve como extensão do nosso corpo. Agora, a mente vai controlar diretamente as ferramentas. O que definimos como ser mudará drasticamente no próximo século.

De que modo a evolução poderá ser influenciada pelo cérebro?

O processo de seleção natural vai agir de uma forma muito mais rápida. Em um mundo onde as pessoas terão de atuar com a atenção dividida entre múltiplas ferramentas, os atributos evolucionais necessários para sobreviver mudam. A mente que consegue controlar vários processos de forma eficaz tem uma vantagem evolucional sobre as outras. Há uma base genética para essa facilidade. À medida que gente com essa vantagem se reproduz mais que os outros, ocorre seleção. Várias pessoas – como os biólogos evolucionistas Richard Dawkins e Stephen Jay Gould – previram que o cérebro passaria a ter um papel mais fundamental na evolução. Mas creio que estamos acelerando este papel. Os neandertais acordaram um dia e encontraram o Homo sapiens jogando bola na esquina da casa deles. Um dia, um sujeito pode acordar e se dar conta de que ele já não pertence mais à espécie dos pais. Mas estamos falando de milênios aqui.

Sua abordagem para criar uma interface cérebro-maquina foi listada pelo Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT, na sigla em inglês) como uma das dez tecnologias que vão mudar o mundo. Como ela surgiu?

Nós – eu e o neurocientista John Chapin – elaboramos um experimento para contestar a doutrina neuronal dominante no século 20 – que rendeu vários prêmios Nobel. Esta teoria estabelecia o neurônio como unidade funcional do sistema nervoso. Nós provamos que a unidade funcional é uma população de células. Um neurônio isolado – que sozinho constitui, de fato, uma unidade anatômica e computacional – não consegue reunir informação suficiente para gerar comportamento, principal função do cérebro. No fim da década de 80, tivemos a ideia de ligar um cérebro de rato a um robô para mostrar que mesmo o neurônio mais fenomenal não gera movimento. Mas, quando registrávamos populações de cinquenta neurônios – mesmo escolhendo-os de forma aleatória -, o animal conseguia movimentar o braço mecânico como se fosse o seu próprio. Não esperávamos um impacto tão grande. Construímos o primeiro centro de neuroengenharia do mundo na Universidade Duke. Agora, qualquer oficina de fundo de quintal nos Estados Unidos tem um centro de neuroengenharia. Há uma explosão de iniciativas no mundo inteiro: Japão, Suíça, Brasil…

Quais os principais desafios para aprimorar essa tecnologia?

Conseguimos registrar hoje cerca de 600 neurônios. Nos próximos dois anos, vamos chegar a 60 mil graças a uma inovadora tecnologia de eletrodos tridimensionais. De qualquer forma, é um método invasivo, o que restringe seu uso. Ninguém vai inserir eletrodos no cérebro para brincar com jogos na internet. Precisamos descobrir técnicas não-invasivas, mas que tenham a mesma resolução para registrar os neurônios.

O que é “registrar neurônios”?

Colocamos eletrodos no cérebro e registramos a atividade elétrica dos neurônios. Se você colocar os dados obtidos pelos eletrodos em uma tela de computador, não vai entender nada. É como olhar um programa binário de computador. Há uma mensagem codificada ali, mas com um código que está mudando continuamente, pois o cérebro é um sistema auto-adaptativo: cada vez que você faz alguma coisa, ele muda. Precisávamos descobrir um modo de extrair a informação motora dessas salvas de eletricidade que são, na realidade, padrões espaço-temporais que variam com o tempo. De início, parecia ruído… em boa medida, porque é mesmo ruído Poisson, como costumamos chamar. Mas percebemos que, com métodos de regressão linear, conseguíamos obter a informação. A partir daí, deixamos o próprio cérebro atuar como nosso computador: ele resolvia o sistema de equações lineares e encontrava um equilíbrio ótimo que aproveitávamos para estabelecer a interface.

O que você acha da política científica brasileira?

Está ultrapassada. Principalmente, a gestão científica. Foi por isso que eu escrevi o Manifesto da Ciência Tropical (PS do Viomundo: publicado primeiro aqui mesmo, neste espaço). O mais importante nós temos: o talento humano. Mas ele é rapidamente sufocado por normas absurdas dentro das universidades. Não podemos mais fazer pesquisa de forma amadora. Devemos ter uma carreira para pesquisadores em tempo integral e oferecer um suporte administrativo profissional aos cientistas.
Visitei um dos melhores institutos de física do País, na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), e o pessoal não tem suporte nenhum. Se um americano do Instituto de Física da Universidade Duke visitar os pesquisadores brasileiros, não vai acreditar. Eles tomam conta do auditório, fazem os cheques e compram as coisas, porque não é permitido ter gestores científicos com formação específica para este trabalho. Nós preferimos tirar cientistas que despontaram da academia. Aqui no Brasil há a cultura de que, subindo na carreira científica, o último passo de glória é virar um administrador do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT) ou da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp). É uma tragédia. Esses caras não tem formação para administrar nada. Nem a casa deles. Não temos quadros de gestores. A gente gasta muito dinheiro e presta muita atenção em besteira e não investe naquilo que é fundamental.

Qual é a diferença nos mecanismos de financiamento e gestão científica nos EUA e no Brasil?

O investimento privado e público americano – sem contar os gastos do Pentágono que, em parte, são sigilosos – é equiparável: cerca de US$ 250 bilhões anuais cada um (o equivalente a R$ 425 bilhões). Eles também enfrentam o problema de que as empresas privadas não costumam investir em pesquisa pura, meio de cultura de onde saem as ideias aplicadas. Contudo, o governo não investe só em universidades. Ele também coloca dinheiro em empresas e em institutos de pesquisa privados. Este é o segredo.
No Brasil, a grande maioria dos mecanismos públicos de financiamento está voltado para universidades públicas. Sendo assim, você não contrata cientistas e técnicos para um projeto, pois depende dos quadros da universidade. Mas esses quadros estão dando 300 horas de aula por semestre. Não dá para competir com um chinês que está em Berkeley pesquisando o dia inteiro e recebendo milhões de dólares para contratar quem ele quiser. Como fazer ciência sem gente?
Na realidade, os americanos não contam com pessoas mais capazes lá. O que eles têm de diferente é um número muito maior de pesquisadores, processos eficientes, gestão científica profissional – a melhor jamais inventada – e dinheiro. Nos Estados Unidos, sou visto como um pequeno empreendedor. Recebo dinheiro do governo americano e uma parcela menor de investimento privado. Tenho assim uma “padaria” que faz ciência: posso contratar o padeiro, o faxineiro e a atendente de acordo com as necessidades do projeto. Esse empreendedorismo não é permitido pelas leis brasileiras. As mesmas regras que regem o gasto de quaisquer dez mil réis que um cientista ganha do governo federal servem para controlar licitações de centenas de milhões de reais para a construção de estradas, hidrelétricas…
Achar que um cientista vai desviar dinheiro para fazer fortuna pessoal é absurdo. O processo de financiamento deve ser mais aberto, com mecanismos simples de auditoria. Além disso, deveria ser mais fácil importar insumos e, com o tempo, precisaríamos atrair empresas para produzi-los aqui. É um absurdo ver anticorpos apodrecerem no aeroporto de Guarulhos por causa da burocracia. Alguém no topo da pirâmide – o presidente da República ou o ministro da Ciência e Tecnologia – precisa dizer: “Chega. Acabou a brincadeira.”
É um desperdício gigantesco de talento e de dinheiro. A China está recuperando pesquisadores que emigraram para os EUA oferecendo condições de trabalho ainda melhores que as americanas. Milhares de brasileiros voltariam ao Brasil se tivessem melhores condições para trabalhar. Mas o sujeito vem para uma universidade federal e é obrigado a dar 300 horas de aula por semestre. Perdemos o talento. Além disso, ele conquista a estabilidade de forma quase automática. Que motivação vai ter para crescer? Há talentos, mas os processos são medievais. E o cientista brasileiro tem muito receito de bater de frente com as autoridades para reivindicar o que ele realmente precisa.

Quanto o Brasil deveria investir em ciência?

O Brasil precisa investir de 4% a 5% do seu Produto Interno Bruto (PIB) em ciência e tecnologia para encarar a China, a Índia, a Rússia, os Estados Unidos, a Coreia do Sul… esses são os jogadores com quem devemos nos equiparar. É o mesmo porcentual que já investimos em educação. É essencial realizar os dois investimentos: por um lado, para formar gente e iniciar a revolução educacional que o País precisa; por outro, para usar o potencial intelectual dessas pessoas na produção de algo para o País. Atualmente, investimos 1,3% do PIB. No Japão, é quase 4%. Isso explica muita coisa.

Você afirmou diversas vezes que a ciência precisa ser democratizada no País.

Sem dúvida. É uma atividade extremamente elitizada. Não temos a penetração popular adequada nas universidades. Quantos doutores são índios ou negros? A ciência deve ir ao encontro da sociedade brasileira. Essa foi uma das razões que me motivaram a escrever o manifesto. Até bem pouco tempo, a ciência era uma atividade da aristocracia brasileira. Há 30 ou 40 anos só a classe mais alta tinha acesso à universidade. Não precisavam de financiamento porque tinham dinheiro próprio.
Hoje, nós precisamos de cientista que joga futebol na praia de Boa Viagem. Precisamos do moleque que está na escola pública. As crianças precisam ter acesso à educação científica, à iniciação científica. O que também implica uma democratização na distribuição de oportunidades e recursos em todo o País. Estamos trabalhando com 21 crianças da periferia de Natal. Elas nem mesmo entraram no ensino médio e já estão sendo incorporadas às linhas de produção de ciência do nosso instituto. Quatro participaram de um projeto piloto em que aprenderam a usar ressonância nuclear magnética de bancada para medir o volume de óleo nas sementes do pinhão-manso do semi-árido nordestino. E classificaram as diferentes sementes de acordo com a quantidade de óleo. Duvido que exista algum técnico na Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) melhor do que essas crianças.
Não precisamos mais de caciques. Precisamos de índios. Devemos investir na massificação dos talentos. Esses moleques vão decidir o que vai ser a nossa ciência. Se chega um jovem muito talentoso que quer investigar besouro, devemos responder: “Está bom, filho. Vai pesquisar besouro.” Eu não investiria em tópicos, em áreas específicas. Eu investiria primordialmente em gente. Porque se você investir em pessoas talentosas, elas encontrarão nichos em que o Brasil terá benefícios tremendos. Nós temos uma das maiores olimpíadas de matemática do mundo, o que comprova que nosso talento matemático é enorme. Mas não dá frutos porque faltam caminhos, oportunidades, veículos…
Acreditamos que devemos escolher o melhor menino. Mas e os outros cem mil que quase ganharam? Precisam de incentivo para continuar. Por isso, eu proponho o bolsa-ciência. É um bolsa-família para garoto que tem talento científico. Não precisa ser gênio. Estou fazendo isso com esses 21 meninos. Os quatro garotos do pinhão-manso recebem mais dinheiro do que o pai e a mãe: uma bolsa de R$ 520 paga por doadores privados. Precisamos investir no caos que é o sistema nervoso. Desta forma, encontraremos caminhos imprevistos, surpresas agradáveis.

Como avaliar mérito na academia?

Nós publicamos mais do que a Suíça. Mas o impacto da ciência suíça é muito maior. Basta ver o número de prêmios Nobel lá. E eles têm apenas cinco milhões de habitantes. Na academia brasileira, as recompensas dependem do que eu chamo de “índice gravitacional de publicação”: quanto mais pesado o currículo, melhor. Ou seja, o cientista precisa colecionar o maior número de publicações – sem importar tanto seu conteúdo. Não pode ser assim. O mérito tem de ser julgado pelo impacto nacional ou internacional de uma pesquisa. Não podemos dizer: quem publica mais, leva o bolo. Porque aí o sujeito começa a publicar em qualquer revista. Não é difícil. A publicação científica é um negócio como qualquer outro. Mesmo se você considerar as revistas de maior impacto. Também não adianta criar e usar um índice numérico de citações (que mede o número de citações dos artigos de um determinado cientista).
Talento não está no número de citações: é imponderável. Meu departamento na Universidade Duke nunca pediu meu índice de citação. Também nunca calculei. Quando sai do Brasil, achei que estava deixando um mundo de lordes da ciência. Fui perguntando nome por nome lá fora. Ninguém conhecia. Ninguém sabia quem era. Críamos uma bolha provinciana que deve ser estourada agora se o Brasil quer dar um salto quântico. Mas as pessoas têm receio de falar com medo de perder o financiamento. Há outras formas de medir o impacto científico: ver o que cara está fazendo e consultar a opinião de pessoas que importam no mundo, dos líderes de cada área. Sob este ponto de vista, o impacto da ciência brasileira é muito baixo. E precisamos dizer isso sem medo. Não dá para esconder o sol com a peneira.
Quando decidem criar um Instituto Nacional (de Ciência e Tecnologia), em vez de dividir o dinheiro entre 30 ou 40 pesquisadores promissores, preferem pulverizar o dinheiro entre 120 cientistas, muitos deles com propostas que não vão chegar a lugar nenhum. Cada um recebe um R$ 1 milhão, uma quantia considerável na opinião de muita gente mas que não paga nem a conta de luz de um projeto bem feito. Não podemos ter receio de selecionar os melhores. Você precisa escolher os bons jogadores, não os pernas-de-pau. Outra coisa: só o Brasil ainda admite cientista por concurso público. Cientista tem de ser admitido por mérito, por julgamento de pares, por entrevista, por compromisso, por plano de trabalho.

Como você se vê na Academia?

Sou um pária. Não tenho o menor receio de falar isso. Sou tolerado. Ninguém chega para mim de frente e fala qualquer coisa. Mas, nos bastidores, é inacreditável a sabotagem de que fomos vítimas aqui em Natal nos últimos oito anos. Mas sobrevivemos. O Brasil é uma obsessão para mim. Há muita gente que não faz e não quer que ninguém faça, pois o status quo está bem. Tenho excelentes amigos na academia do País, respeito profundamente a ciência brasileira. Sou cria de um dos fundadores da neurociência no Brasil, o professor César Timo-Iaria, e neto científico de um prêmio Nobel argentino – Bernardo Alberto Houssay.
Por isso, foi uma triste surpresa os anticorpos que senti quando eu voltei. Algumas pessoas ficaram ofendidas porque não fiz o beija-mão pedindo permissão para fazer ciência na periferia de Natal. Este ano, na avaliação dos Institutos Nacionais de Ciência e Tecnologia (INCTs), tivemos um dos melhores pareceres técnicos da área de biomedicina. E o nosso orçamento foi misteriosamente cortado em 75%. Pedi R$ 7 milhões. Recebemos R$ 1,5 milhão.
Operamos com um sexto do nosso orçamento. As pessoas têm medo de abrir a boca, porque você é engolido pelos pares. Então, eu fico imaginando um pesquisador que volta para o Brasil depois de estudar lá fora. De qualquer forma, o pessoal precisa entender que voltar para o Brasil é assumir um tipo especial de compromisso. Não é ir para Harvard, Yale… Você deve estar disposto a dar seu quinhão para o País porque ele ainda está em construção. Nem tudo vai funcionar como a gente quer. Vejo muita gente egoísta voltando para o Brasil. Os jovens precisam olhar menos para o umbigo e mais para a sociedade.

Qual é o futuro dos jovens pesquisadores no País?

Atualmente, eles têm uma dificuldade tremenda de conseguir dinheiro porque não são pesquisadores 1A do CNPq. Você precisa ser um cardeal da academia para conseguir dinheiro e sobressair. Com um físico da UFPE, cheguei à conclusão de que Albert Einstein não seria pesquisador 1A do CNPq, porque ele não preenche todos os pré-requisitos – número de orientandos de mestrado, de doutorado…
Se Einstein não poderia estar no topo, há algo errado. Minha esperança é que o futuro ministro ataque isso de frente pois, até agora, ninguém teve coragem de bater de frente com o establishment da ciência brasileira. Ninguém teve coragem de chegar lá e dizer: “Chega! Não é assim! A ciência não está devolvendo ao povo brasileiro o investimento do povo na ciência.” Os cientistas brilhantes jovens não têm acesso às benesses que os grandes cardeais – pesquisadores A1 do CNPq – têm, muitos deles sem ter feito muita coisa que valha.
Além disso, veja a situação do Conselho Nacional de Ciência e Tecnologia (CCT, que assessora o presidente da República nas decisões relacionadas à política científica). O presidente da Academia Brasileira de Ciências (ABC) – agora, um grande matemático – me perdoe, mas ele não deveria ter cadeira cativa nesse conselho. O Brasil deveria ter um conselho de gente que está fazendo ciência mundo afora. E não pessoas que ocupam cargos burocráticos em associações de classe. Deveria ser gente com impacto no mundo. E pessoas jovens com a cabeça aberta. Mas as pessoas têm muita dificuldade de quebrar esses rituais.
Para entender a que me refiro, basta participar de reuniões científicas e acompanhar a composição de uma mesa. Não há nada semelhante em lugar nenhum do mundo: perder três minutos anunciando autoridades e nomeando quem está na mesa. É coisa de cartório português da Idade Média. Cientista é um cidadão comum. Ele não tem de fazer toda essa firula para apresentar o que está fazendo. É um desperdício de energia, uma pompa completamente desnecessária. Muitas vezes, os pesquisadores jovens não podem abrir a boca diante dos cientistas mais velhos. Eu ouço isso em todo o Brasil.
No meu departamento nos Estados Unidos, sou professor titular há quase doze anos. Minha voz não vale mais que a de qualquer outro que acabou de chegar. Qualquer um pode me interpelar a qualquer momento. Qualquer um pode reclamar de qualquer coisa. Qualquer um pode fazer qualquer pergunta. E ninguém me chama de professor Nicolelis. Meu nome lá é Miguel. Por quê? Porque o cientista é algo comum na sociedade. O meu estado (a Carolina do Norte) possui uma das maiores densidades de PhD na população dos EUA. Se você se comportar como um pavão lá, vai se dar mal. Todo mundo tem pelo menos um PhD.
Aqui, precisamos colocar a molecada da periferia de Natal, de Rio Branco e de Macapá na ABC, por mérito. Às vezes, parece que existe uma igreja chamada Ciência no País. Se você não é um membro certificado, ela é impenetrável. Minhas críticas não são pessoais. Quero que o Brasil seja uma potência científica para o bem da humanidade. As pessoas precisam ver que a juventude científica brasileira está de mãos atadas. Precisamos libertar este povo. Já estou no terço final da minha carreira científica. O que me resta é ajudar essa molecada a fazer o melhor.

Você tem uma opinião bastante crítica sobre a política científica no País. Mas, na eleição, manifestou apoio publicamente à Dilma. Por quê?

Porque a outra opção era trágica. Basta olhar para o Estado de São Paulo: para a educação, a saúde e as universidades públicas. Não preciso falar mais nada. Eu adoro a USP, onde me formei. Mas a liderança que temos hoje na USP é terrível. O reitor da USP (João Grandino Rodas) é uma pessoa de pouca visão. Não chega nem perto da tradição das pessoas que passaram por aquele lugar. São Paulo acabou de perder um investimento de 150 milhões de francos suíços (cerca de R$ 270 milhões) porque o reitor da USP não tinha tempo para receber a delegação de mais alto nível já enviada pelo governo suíço ao Brasil. Mandaram o pró-reitor de pesquisa da universidade (Marco Antônio Zago) fazer uma apresentação para eles. Ninguém agradeceu a visita. Manifestei oficialmente ao professor Zago minha indignação como ex-aluno da USP.
Um dos integrantes da delegação suíça doou um super-computador de US$ 20 milhões de dólares (cerca de R$ 34 milhões) para nosso instituto em Natal. Chegou na semana passada e será um dos mais velozes do Brasil. Não pagamos um centavo. Não há mais espaço para provincianismo na ciência mundial. Nas reuniões que eu presenciei com comitês e comissões de outros países, a tônica da Fapesp sempre foi assim: “Fora de São Paulo não existe ciência que valha a pena investir”. Esse tipo de coisa é muito mal visto pelos estrangeiros. Não há mais lugar para regionalismo, preconceito… É ótimo para São Paulo ser responsável por 70% da produção científica do País, mas é muito ruim para o País, que precisa democratizar o acesso à ciência. Não adianta dizer em reuniões com emissários internacionais que São Paulo tem uma “relação amistosa” com o Brasil, este outro País fora das fronteiras do Estado. Este bairrismo não ajuda em nada.
A Fapesp é uma jóia, um ícone nacional, reconhecida no mundo inteiro. Mas isso não quer dizer que as últimas administrações foram boas. Temos de ser críticos. Esta última administração, em especial, foi muito ruim. A Fapesp está perdendo importância. Veja só: a Science (no artigo publicado há algumas semanas sobre a ciência no Brasil) não dedicou uma linha à Fapesp. Que surpresas você vê saindo da ciência de São Paulo? Acho que a matéria da Science foi uma boa chamada para acordar, para sair dos louros, descer do salto alto e ver o que podemos fazer com os R$ 500 milhões anuais da Fapesp. Ah, se eu tivesse um orçamento assim! Temos muito menos e posso dizer para o diretor-científico da Fapesp (Carlos Henrique de Brito Cruz) que nós saímos na Science. E ele tem condição de investir nos melhores centros de pesquisa do País.
Como você avalia o governo Lula?

Apoiei e apoio incondicionalmente o presidente Lula porque vivemos hoje o melhor momento da história do País. A proposta global de inclusão do governo Lula – e espero que será a mesma com a Dilma – é aquela que eu acredito. Contudo, os detalhes devem ser corrigidos. Admiro profundamente o ministro da Ciência e Tecnologia, Sérgio Rezende. Tivemos grandes avanços como a criação dos INCTs e dos fundos setoriais. Mas o ministro não enfrentou a estrutura.
Talvez não pudesse… por não ter condições práticas ou por fazer parte dela, por ter crescido nela. Em oito anos, nunca fui chamado para dar uma opinião no MCT ou para apresentar os resultados do projeto de Natal. Sei que outros cientistas, melhores do que eu, também não foram chamados. É curioso. Mas fui chamado pelo Ministério da Educação. O ministro (Fernando Haddad) é o melhor já tivemos na história da República. Ele criou a infraestrutura que será lembrada daqui a 50 anos como a reviravolta da educação brasileira. Com o Haddad eu consigo conversar e nossa parceria está dando resultados.

O que você achou da escolha de Aloizio Mercadante para o MCT?

Estou curioso para saber qual é o currículo dele para gestão científica. Fiquei surpreso com a indicação, mas não o conheço. Não tenho a mínima ideia do seu grau de competência. Mas não fica bem para a ciência brasileira – um ministério tão importante – virar prêmio de consolação para quem perdeu a eleição. Não é uma boa mensagem. Mas talvez seja bom que o futuro ministro não seja um cientista de bancada, alguém ligado à comunidade científica. Assim, se ele tiver determinação política, poderá quebrar os vícios.
O primeiro ministro da Ciência e Tecnologia (Renato Archer, que permaneceu no cargo de 1985 a 1987) não era cientista e foi talvez um dos melhores gestores que já tivemos. Ele tinha consciência de que seu ministério era estratégico. O MCT estabelece parcerias e tem impacto na ação de outros ministérios: Educação, Saúde, Indústria e Comércio, Relações Exteriores, Agricultura, Meio Ambiente… Hoje, boa parte do orçamento do ministério não é nem executado. As agências de financiamento não têm uma rotina de chamadas. Não podemos continuar como está.

25 de fev. de 2011

Dicas

Para o estudo inicial em Química Geral baixe o Brady:


http://www.4shared.com/document/UOS7ACFc/QuimicaBrady-Humiston_-_Qumica.htm


Para o estudo em química orgânica  e consulta através do notebook, baixe o SOLOMONS vol. 1.




http://www.4shared.com/document/s59tSAVJ/solomons_volume_1_portugues.htm


Para encontrar mais livros para baixar consulte o blog : http://quimicauniversitaria.blogspot.com/

Calourada acadêmica solidária!

    Pessoal, com intuito de arrecadar alimentos não perecíveis, nós do centro acadêmico estaremos distribuindo garrafinhas da calourada acadêmica na próxima semana (28/02 ao dia 04/02).
    Os interessados procurem-nos no LPPNS (2° andar). Leve um kilo de alimento não perecível ou material de limpeza como detergentes, sabão em pó, desinfetante, água sanitária. 
   Desde já agradecemos a colaboração.

24 de fev. de 2011

Novas oportunidades: Seleção de Bolsistas de Iniciação à Docência


   Encontram-se abertas as incrições a bolsas de monitoria e de projetos de ensino. Em nossa àrea, com projeto, temos a prof. e Dr°. Elisa Prestes Massena( ver foto ao lado) a qual necessita de uma vaga para preenchimento do projeto com o seguinte tema :
Uma análise da História do Currículo da Licenciatura em Química da UESC e sua Influência no Ensino, o projeto tem, duração de 20 meses.




Quanto a preenchimento de vagas de monitorias temos:




 Para maiores informações baixem o edital:  http://www.uesc.br/publicacoes/editais/02.2011/012.rtf

Novas oportunidades



   O Laboratório de Pesquisa em Produtos Naturais e Síntese Orgânica (LPPNS), tem por finalidade desenvolver projetos na área de Produtos Naturais. Hoje o laboratório conta com 3 bolsistas ( 2 bolsas FAPESB e 1  bolsa ICB). 
   Atenta a necessidade de suprir a demanda de discentes a trabalharem juntamente a pesquisa em Óleos essenciais a Prof. Dr°. Rosilene Aparecida de Oliveira, esta em busca de novos IC's.  Os alunos hoje que congregam a equipe em breve estarão se formando. Ao todo são 2 alunos que deverão iniciar em breve a pesquisa ao seu lado. Faça parte dessa equipe você também!


Os interessados deverão entrar em contato com a Prof. Rosilene,  com sala situada em frente ao colegiado de química.

23 de fev. de 2011

EDITAIS

Já encontra-se aberto o período de inscrições de projetos voltados a monitoria e na área de ensino.
Os editais já encontram-se disponíveis na página da UESC: www.uesc.br.
Caso não encontre, verifique caixa de email correspondente a sua turma de origem.

4 de fev. de 2011

Aos Calouros !

                                                       "Nossa primeira foto juntos''(2008)

  Este é o nosso último ano. Eu e minha turma de 2008 éramos 30 no começo, hoje soma-se  aproximadamente 14 alunos. Foram muitos os colegas que perdemos o contato, muitos desistiram por não existir afinidade com o curso, ou encontrarem entraves ao longo da caminhada.
    Mas lembramos com carinho dos momentos felizes em que estávamos no início do curso, momentos que infelizmente não irão voltar mais. Fizemos muitas amizades e nos divertimos bastante. Este é um curso que nunca você conseguirá sair sem a ajuda de seus colegas companheiros, os quais são  forte apoio emocional e várias vezes nos dão apoio no momento em que nos vemos totalmente perdidos nos "finais de semestre".
   Neste curso você não sairá fácil, isso é fato. Mais se olharmos bem todos os cursos possuem dificuldades que pessoalmente teríamos que nos adaptar.
   A UESC conta com um time bastante competente de professores comprometidos com a educação. Sem especificar podemos generalizar que são FERAS. 
   Particularmente posso dizer que muitos momentos foram difícieis, é um cálculo 1 e 2, uma Físico- química 1 e 2, que as pessoas que não possuem afinidade se sentirão a primeiro ver perdidos, mais sempre há uma luz no fim do túnel. Assim como passar no vestibular, a saída é uma sensação boa, mais ao mesmo tempo angustiante. É estranho pensar que o que nós conquistamos vai embora tão rápido.
  Acreditem, 4 anos vôoam quando se está na UESC, são tantos relatórios tomando tempo. Preparem-se vcs irão ouvir muito essa palavra, pode acreditar.
  Nós que saímos só podemos dizer que foi um prazer fazermos parte da grande minoria. Apreendemos que para estudar química não precisa ser louco, ou ter poderes sobrenaturais, mais sim de companheirismo e humildade pra seguir adiante.

                                                                     ''Atualmente"

Para os calouros fica a dica:
    Quem faz o curso é vc. Não interessa se a universidade é boa ou não, se o professor é bom ou não, claro que isso conta, mas o que mais conta é o que você aprendeu com tudo isso. Se divirtam na medida do possível, enquanto se tem tempo pra isso. Chega um ponto que não correspondemos as nossas vontades, pois para honrar a camisa que vestimos e terminar como vitoriosos temos que abrir mão de muitaaaa coisa.

Estamos anciosos por conhecê-los, precisando de ajuda estaremos dispostos, basta encontramos tempo.

                                                      SEJAM MUITO BEM VINDOS !

ENEQUI 2011, EU FUI - Por Aluiz Magno(Turma de 2008)

    Olá pessoal ! participar de um evento que envolva vários estudantes de química é muito emocionante, por experiência própria posso dizer que a sensação de que não somos os únicos estudantes de química, dá lugar para conhecer bons alunos como nós dedicados a pesquisa e em diversas áreas do conhecimento. Fui ao ENEQUI em 2008, o qual aconteceu em Salvador.

A seguir depoimento de Aluiz Magno:




   Como enequiano de primeira viagem, esperei grandes emoções, muita gente e muitas pegação rsrsrsrs. Os enequianos foram instalados em um colégio um pouco distante do centro da cidade. De primeira, não encontrei muita gente presente no alojamento porque o pessoal só foi chegar mesmo no outro dia pela noite. Havia muitas delegações presentes de vários estados como Rio de Janeiro, São Paulo, Mato Grosso, Maranhão entre outras. Como eu fui o único da UESC a ir, eu fiquei instalado como os alunos da UniGranRio.
     O evento começou de noite (23/01/2011) com uma palestra de abertura bem tradicional tipico de eventos de quimica... eu poderia falar para voces sobre o que foi mas estava cansado demais para prestar atenção rsrsrsrsrs.... mas foi boa. De lá, fomos para a festa de abertura que foi realizada numa espécie de boate climatizada cujo o tema foi o pagode. A banda que se apresentou nessa festa foi demais, muito boa mesmo, valeu a pena ter ido. Das 6 festas realizadas tres foram abertas ao publico incluindo a festa de abertura. Eu só fui pra 3 devido ao cansaço. No outro dia, começariam os mini-cursos. O mini-curso que eu fiz era foi sobre quimica forense, e foi muito bom por sinal, no entanto, tivemos um atraso rasoável no começo porque não tinha o data show o que atrasou tudo. Mas, o professor conversou um pouco com os alunos sobre o curso nesse momento para distrair. Como meu mini curso era de manha eu aproveite para passear pela cidade. 
    A cidade de Curitiba é muito bonita e muito organizada e é muito dificil você se peder lá. Você consegue ir a qualquer lugar lá de onibus e voltar sem problema algum. Existe um transporte turistico lá que vale a pena dar uma volta, voce visita os pontos turisticos da cidade são mais de 12 pontos pagando somente uma passagem. 
   Voltando ao evento... a festa do troca foi hilária sem comentários, engraçada demais!  O que me chamou atenção principalmente foi as meninas vestidas de homens rsrsrsrsr... Realmente as mulheres nao entendem o que é ser homem kkkkkkkkkkkk, comenta Magno de maneira machista, vamos relevar mulheres. A outra festa que presenciei foi a de funk e forró. Essa o pessoal literalmente se acabou de dançar, as fotos estão  presentes no site da circuito universitario cwb,  confiram lá.

Bom eh isso... valeu a pena ir foi uma experiencia e tanto. O próximo enequi será no Rio de Janeiro entao vão se preparando... see ya!

Termina Magno em um depoimento muito empolgante e motivador.

Fica a dica de um evento, no qual acredito que todo estudante de química deveria participar.

Melise Lemos.

27 de jan. de 2011

Ano Internacional da Química será aberto hoje pela Unesco.

nte nQui, 27 de Janeiro de 2011 09:51









A Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) realiza hoje e amanhã, 27 e 28, em sua sede em Paris, a abertura do Ano Internacional da Química 2011 (AIQ-2011). O evento terá como eixo o tema Química: nossa vida, nosso futuro. O objetivo é ampliar o conhecimento do público sobre a química, despertar o interesse entre os jovens e realçar as contribuições das mulheres para a ciência. Também será lembrado o centenário de fundação da Associação Internacional das Sociedades de Química, iniciativa que possibilitou a colaboração científica internacional. A programação do AIQ-2011 já conta com mais de 100 eventos ao redor do mundo e tem mais de 400 atividades cadastradas em 74 países, sendo 14 delas no Brasil.


Na UFMG, a programação está em fase de desenvolvimento, sob a coordenação da Diretoria de Divulgação Científica (DDC) da Pró-reitoria de Extensão. Recursos do CNPq já foram aprovados para as atividades do AIQ na instituição.Segundo a professora da Faculdade de Educação e diretora do DDC, Silvania Nascimento, a celebração na UFMG acontecerá em diversas atividades ao longo do ano.


Visões

O AIQ-2011 é promovido pela Unesco e pela União Internacional da Química Pura e Aplicada (Iupac, na sigla em inglês). De acordo com a presidente da Iupac, Nicole Moreau, as atividades do AIQ-2011 terão o foco em mostrar para os cidadãos como a química está presente de fato em suas vidas, melhorando sua qualidade.



No site oficial do AIQ-2011, Nicole recomenda que, para divulgar a química, os cientistas da área devem começar refletindo sobre o que a química significa pessoalmente para eles mesmos. E sugere que eles se preparem para lidar com falsas impressões difundidas no público sobre essa ciência.



“Há dois tipos principais de percepção equivocada sobre a química. Uma delas ocorre porque a química é vista como uma ciência central, em conexão com todos os outros campos científicos. Essa é uma característica maravilhosa, mas há o perigo de que com isso a química se torne difusa e perca sua identidade”, disse.



O outro tipo de percepção equivocada, segundo Nicole, é especialmente difundido entre o grande público. “Em muitos países, particularmente nas nações ocidentais, uma grande porcentagem da população associa a química com questões como degradação ambiental e câncer”, disse. Segundo ela, é preciso mostrar que a química será essencial para resolver problemas que incluem a “energia, o desenvolvimento sustentável, a saúde, os materiais e a produção de alimentos”.


Para maiores informações acesse o site :/http://www.chemistry2011.org/

19 de jan. de 2011

Terceira edição do FBPOL .




    Acontecerá em Florianópolis a terceira edição do FBPOL, neste  um grupo de líderes de pesquisadores da França e do Brasil se reúnem para apresentar seus trabalhos, colaborações e estabelecendo, e oferecerendo aos estudantes brasileiros a chance de ter envolvido na rede franco-brasileira de Ciência de Polímeros.
    O objetivo deste encontro é promover colaborações entre os dois países (França e Brasil), incluindo as indústrias e as universidades, por envolvendo centros de pesquisa relevantes no processo de estruturação da ciência da sustentabilidade.


Para acesso a mais informações consulte o site : http://fbpol.net/

11 de jan. de 2011

Profissionais que lidam com a transformação da matéria, químicos enfrentam curso difícil, mas têm mercado de trabalho receptivo

 FONTE: Revista da Universidade Federal de Minas Gerais
Ano 2 - nº. 5 - Junho de 2004 - Edição Vestibular

 Ao escolher a Química, o pensamento de Dayse Carvalho da Silva, de 20 anos, era se formar professora. Por isso, optou pela licenciatura. Porém, no segundo período do curso, os planos começaram a mudar, quando ela foi convidada a participar do grupo de pesquisa em Química Inorgânica. “Engajar-me no projeto foi muito bom, porque os alunos de licenciatura precisam saber que podem se envolver com pesquisa, que eles recebem formação para isso”, afirma.
Eber Faioli

No Laboratório de Química Inorgânica, Dayse tenta descobrir o que acontece no organismo quando o citrocromo P450, um catalisador natural presente na respiração, é modificado. Não é nada complicado como pode parecer, avisa ela, que se apaixona ainda mais pela Química à medida que o curso avança. “Não gosto de algumas matérias, mas reconheço que é preciso passar por elas”, observa, lembrando que a vontade inicial de ser professora permanece, mas, agora, acompanhada do desejo de seguir carreira, cursando mestrado e doutorado.
Faltando apenas um semestre para se formar, também Aline Carvalho Bueno, de 22 anos, prepara-se para o mestrado em Química. “Quero fazer a prova no início do ano que vem. Se não passar, continuo estudando, mas, aí, quero trabalhar”, diz ela, que trocou o bacharelado pela licenciatura pensando em garantir emprego logo após a formatura. A idéia de Aline é desenvolver seu projeto para o mestrado no mesmo laboratório que trabalha em Iniciação Científica desde o segundo período. Apesar de sua pesquisa estar, também, ligada ao grupo de Química Inorgânica, o trabalho de Aline segue linha diferente do de Dayse. Aline investiga as reações químicas no limoneno, um substrato encontrado na casca de limão, que pode ser utilizado na síntese de outros produtos. “O que acho muito legal é que podemos ver a aplicação direta da nossa pesquisa. O que estou fazendo poderá ser usado na sintetização de algum produto”, explica. Para ela, o curso de Química é bastante difícil e requer muita dedicação, “com horas e horas de estudo, mesmo nos finais de semana”. Porém, ressalva Aline, nenhuma dificuldade é instransponível. “Acho que depende da responsabilidade de cada um”, opina.
Durante todo o curso de Química, José Roberto Caetano Machado, de 39 anos, acreditou que iria se formar e faria direto o mestrado, já que sua intenção era seguir a carreira acadêmica, como o pai, professor do departamento de Química na UFMG. Da pós-graduação ele ainda não desistiu, mas, há oito anos, está envolvido com a indústria, como analista de produto e coordenador na área de emissões veiculares da Fiat Automóveis.
A primeira experiência profissional de José Roberto foi a que o levou para a indústria automobilística. No Centro Tecnológico de Minas Gerais (Cetec), ele trabalhou, durante dois anos, com um projeto de caracterização da cachaça mineira. O processo que utilizava para as análises é conhecido como cromatografia líquida, o mesmo que é aplicado, na Fiat, para identificação de substâncias poluentes no gás liberado pelo escapamento do veículo.
“Os engenheiros dependem do relatório químico para prosseguir ou refazer projetos”, destaca ele, apontando a importância do processo de integração entre os químicos e outros profissionais. Dessa integração, o químico Bruno Resende Debien, de 27 anos, também entende. No laboratório da Lake Field Geosol, ele não trabalha diretamente na indústria, mas voltado para ela. Debien realiza análise de amostras de rochas, minérios, solos ou, mesmo, água para empresas que necessitam conhecer em detalhe o material em que estão trabalhando, como mineradoras que querem saber, com precisão, a composição de determinado tipo de minério de ferro que pretendem explorar.
Em função do trabalho, conquistado três meses depois de se formar, no ano passado, Bruno também adiou a decisão de fazer mestrado. “Por enquanto, preciso mostrar serviço e, depois, conciliar o emprego com os estudos”, justifica.
Ex-aluno do bacharelado em Química na UFMG, Debien ressalta que nunca pensou em dar aulas para o Ensino Médio – uma das razões de não ter feito também licenciatura –, mesmo sabendo que o ensino é uma área que absorve os profissionais de Química facilmente. “Com o bacharelado, pode ser mais difícil ser empregado rapidamente, mas nunca me vi numa sala de aula”, diz. A busca pelo emprego, entretanto, o surpreendeu pela velocidade de colocação. “Estou gostando muito, mesmo tendo que enfrentar, às vezes, uma rotina”, diz ele.
Eu amo Química, Química
                                         Foca Lisboa
No laboratório, ALINE investiga as reações químicas no limoneno.
Não são poucos os que fazem coro com Renato Russo quando ele canta seu pavor diante da Química. Mas quem supera o preconceito percebe que a formação na área pode ser, além de prazerosa, um passo definitivo rumo a um emprego. “O mercado de ensino é muito grande”, atesta a coordenadora do Colegiado de Graduação, professora Amélia Maria Gomes do Val. Segundo ela, o curso da UFMG ainda não está flexibilizado e o aluno deve optar entre licenciatura ou bacharelado.
Nem sempre há clareza no que diz respeito à base de atuação dos químicos. Qual é o trabalho desse profissional?
Os químicos são profissionais que lidam com a transformação da matéria. Eles analisam as matérias-primas e produtos de origem mineral, vegetal ou animal e, por isso, estão em contato direto com a fabricação dos mais diversos materiais, desde os alimentos até os solventes. Trabalham avaliando as reações das substâncias quando são expostas a variações de temperatura, pressão, luz e outros fatores.
Qualquer pessoa sabe que os químicos podem dar aulas, mas é claro que o campo de atuação desses profissionais é mais amplo. Onde eles atuam?
Eles estão nas mais diferentes indústrias, já que, em quase todas elas, acontecem processos químicos e é necessário o controle das condições desses processos. Nas indústrias e em órgãos públicos, os químicos são, também, responsáveis pelo controle ambiental dos processos e dos rejeitos, pelo controle de qualidade. Trabalham na pesquisa, no desenvolvimento de materiais e de produtos – farmacêuticos, alimentícios, metalúrgicos e siderúrgicos, entre outros. A docência é responsável pela absorção de grande parte dos profissionais. Nessa área, a demanda é alta. O licenciado começa a trabalhar bem antes de se formar. Na falta de professor licenciado, cuja carência é alta, o aluno pode dar aula com um registro provisório, fornecido pelo Ministério da Educação. Os bacharéis trabalham, também, como autônomos, na área de consultoria, em firmas de pequenas manipulações ou com representação de empresas, atuando diretamente na assistência técnica e nas vendas de produtos químicos e equipamentos.
O curso forma mais bacharéis ou licenciados?
Licenciados. Um dos motivos é que o mercado de ensino é muito grande. Com a licenciatura, o profissional tem a certeza de que não ficará desempregado. O mercado de trabalho do bacharel, apesar de muito amplo, é mais suscetível aos problemas da economia.
Como funciona o curso?
O curso de Química ainda não está flexibilizado. No turno diurno, são oferecidos licenciatura e bacharelado e, à noite, é ofertada licenciatura. O tempo previsto para o estudante completar o curso diurno é de oito semestres, enquanto os estudantes noturnos precisam de um semestre a mais para integralizar o curso. Existe uma série de disciplinas comuns às duas modalidades, porque as diferenças começam apenas no quarto período. Na licenciatura, depois de assegurar sólido conhecimento em Química, o aluno dedica-se, também, às matérias de formação pedagógica. Já o bacharel encaminha os seus estudos de acordo com a área em que pretende atuar.
FONTE: http://www.ufmg.br/diversa/5/quimica.htm 

8 de jan. de 2011

BRASIL: DESTINO PARA JOVENS CENTISTAS ESTRANGEIROS

DA BBC BRASIL

      Em sua edição desta semana, a revista britânica "The Economist afirma que o Brasil vem se tornando um destino cada vez mais atraente para a realização de pesquisas científicas e acadêmicas. A revista traz dados que mostram o crescimento dessa área no país e cita iniciativas do governo que impulsionaram a pesquisa, que é um dos líderes mundiais em pesquisa, especialmente nas áreas de medicina tropical, bioenergia e biologia botânica.
No entanto, afirma que o maior trunfo do Brasil são as possibilidades oferecidas pelas universidades brasileiras para que os pesquisadors possam avançar. "Você pode ter seu próprio laboratório aqui e pode até começar uma linha de pesquisa totalmente nova. Aqui, você é um pioneiro", afirma a geneticista botânica da Unicamp, na publicação. Além disso, a revista destaca o fato de que as bolsas para pesquisadores iniciantes têm um valor equiparável aos padrões mundiais, mas faz uma ressalva: o mesmo não acontece para acadêmicos mais experientes.
    "No entanto, a Fapesp está tentando (mudar essa cenário). A instituição publicou um anúncio na revista científica 'Nature' sobre um progama de dois anos para se estudar em universidades de São Paulo", afirma a publicação. "E, apesar de a maioria das respostas ter vindo de cientistas em início de carreira, são os mais experientes que estão sendo chamados para conversar. E a Fapespa espera que durante esses dois anos, eles aprendam o português e --alguns deles -- decidam ficar no país."
Segundo a revista, o Brasil formou 500 mil alunos no ensino superior e 10 mil PhDs em um ano --dez vezes mais do que há 20 anos. O país também aumento sua participação no volume total de estudos científicos publicados no mundo: de 1,7% em 2002 para 2,7% em 2008.
     A "The Economist" afirma ainda que fazer parte da iniciativa científica global está ligado também ao orgulho nacional. "Ao investir em ciência em seu próprio território, países tropicais garantem que não são apenas os problemas das nações ricas e temperadas que são resolvidos."

Comentário
    O Brasil vem crescendo muito mesmo em termos de publicação e presença mundial em pesquisa. A professora Agustina, aqui do IQ-UFG esteve em Barcelona para o VIII Congresso Internacional de Investigação em Didática das Ciências e comprovou que 60%! dos presentes eram brasileiros. Além disso, há um aumento crescente do número de artigos em português em revistas ibero-americanas bem qualificadas como a Ensenanza de Las Ciências, Revista Eletronica de Ensenanza de Las Ciências, Educación Química, Alambique, entre outras. Até acho que esses congressos internacionais sobre o Ensino de Ciências têm que ser feitos no Brasil. É mais fácil deslocar as pessoas para cá do que levar esse tanto de brasileiro pra fora.

Marlón Soares, 08/01/01.
O professor Marlón é coordenador do Laboratório de Educação Química e Atividades Lúdicas do Instituto de Química da UFG.
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